Trocar o cuscuz pelo pão de queijo e o bolo de fubá pela macaxeira, descobrir uma nova vizinhança em uma recente Bahia, construir diferentes rotinas e reinventar maneiras para lidar com a saudade. O desafio de quebrar conceitos formados e construir uma vida de serviço à humanidade. Meu Deus: nunca casamos!

E foi por isso que criamos o Blog Luiza e Raul: vamos casar, e agora?, um espaço especial, aberto para que amigos e familiares edifiquem conosco estes dias únicos de intensa alegria. Aqui poderemos trocar idéias sobre a verdadeira natureza do casamento, compartilhar histórias que vivenciamos, somar conhecimentos, sugestões e conselhos às nossas decisões e nos preparar para o dia 14 de novembro, quando uniremos horizonte e mar.



terça-feira, 5 de abril de 2011

Então ele com um pequeno pau rabisca na poeira do chão: AZUL. Fica a olhar o desenho, com a cabeça inclinada sobre o ombro. Afinal, ele também sabia escrever? Averiguou as mãos quase com medo. Que pessoa estava em si e lhe ia chegando com o tempo? Esse outro gostaria dele? Chamar-se-ia Muindinga? Ou teria outro nome, desses assimilados, de usar em documento?


Mais um vez contemplo a palavra escrita na estrada. Ao lado, volta a escrivinhar. Lhe vem uma outra palavra, sem cuidar na escolha: LUZ. Dá um passo atrás e examina a obra. Então, pensa: a cor AZUL tem o nome certo. Porque tem as iguais letras da palavra LUZ, fosse o seu feminino as avessas.


Mia Couto, em Terra Sonâmbula

Um comentário:

  1. Mia Couto. Bem, nesse fim de semana, algo sobre ele lá no arremedo. Obrigado pelo post!!!

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