Trocar o cuscuz pelo pão de queijo e o bolo de fubá pela macaxeira, descobrir uma nova vizinhança em uma recente Bahia, construir diferentes rotinas e reinventar maneiras para lidar com a saudade. O desafio de quebrar conceitos formados e construir uma vida de serviço à humanidade. Meu Deus: nunca casamos!

E foi por isso que criamos o Blog Luiza e Raul: vamos casar, e agora?, um espaço especial, aberto para que amigos e familiares edifiquem conosco estes dias únicos de intensa alegria. Aqui poderemos trocar idéias sobre a verdadeira natureza do casamento, compartilhar histórias que vivenciamos, somar conhecimentos, sugestões e conselhos às nossas decisões e nos preparar para o dia 14 de novembro, quando uniremos horizonte e mar.



segunda-feira, 28 de março de 2011

quarta-feira, 23 de março de 2011

Chá de Lua

Não era um dia qualquer. Tudo parecia haver se preparado carinhosamente para aquele momento. O ar fino e suave abria um céu claro que, mais tarde, receberia um encantador luar, por nós nunca visto antes. Poderiam ser, quem sabe, anúncios e prenúncios do que se faria amor em nossos corações compartilhados.

Aos poucos, a casa de tijolo aparente ganhava sotaques, cheiros e costumes. As toalhas de chita que cobriam as mesas levavam também tachos de doces típicos e bandeiras de duas terras distantes que, por aqui, não cabiam em divisas. Como um rio que liga pontas, se tornaram um único leito. Ficaram imersas nas águas entrelaçadas do Velho Chico que une montanha e mar. “E era como naquele imenso rio se desenrolassem os fios da história, novelos antigos onde nossos sangues haviam se misturado”.

Soltas pelos ares estavam nossas mais sinceras expressões. Imagens de uma devoção admirável e surpreendente, palavras de uma delicada sutileza. Uma a uma, eram substituídas por sopros de alegria que se dirigiam a nós: os noivos.

E ao fundo, embalando os abraços mais apertados, as conversas mais saudosas e as novidades mais felizes, o som da zabumba, do triângulo e da sanfona, tão nordestinos como apenas eles, foram ainda capazes de unir em dança uma gente mineira. Os sorrisos e os olhares revelavam reencontros para uns, e reconhecimento para outros.


Obs. A próxima postagem será daquelas que organizaram, programaram e construíram conosco este momento. Postaremos, nesta oportunidade, fotos da galera!